domingo, 30 de junho de 2013

A ROTUNDA


          ACIMA: A rotunda já restaurada, em 2007. ABAIXO: Vista externa em 2008 (Fotos Jonas Augusto Martins de Carvalho).



          ABAIXO: Em 1979, a rotunda já era só abandono. Mas a ferrovia ainda funcionava regularmente... (Foto Herbert Graf).








                               ACIMA: Vista aérea do pátio e da rotunda de São João del Rey em 2010 (Google Maps).


Não se tem uma data exata para a construção da rotunda de São João del-Rei. As informações praticamente não existem. A única citação encontrada foi no “Relatório da Diretoria da Companhia Estrada de Ferro Oeste de Minas apresentado à Assembléia Geral dos acionistas, em 30 de junho de 1896”, onde o único dado que aparece, no balanço de 31 de dezembro de 1895 é o custo global com a rotunda até aquela data, referente a material e despesas feitas: 121.547$520 (cento e vinte e um contos e quinhentos e quarenta e sete mil e quinhentos e vinte réis). Portanto, a sua construção data da última década do século XIX. A rotunda de São João del-Rei foi praticamente destruída nos anos 1970. Todo o telhado com sua estrutura, portões, janelas, grades, colunas foi retirado, restando somente as paredes de alvenaria, as linhas e o girador em seu interior. Após anos de abandono, sendo utilizado apenas o girador, em 1983 a RFFSA decidiu recuperar a rotunda, bem como todo o pátio da estação de São João del-Rei. A rotunda é uma oficina radial, possuindo forma circular, tendo ao centro um dispositivo chamado girador de onde irradiam linhas como se fossem raios em círculos. Os espaços internos são divididos em boxes individuais, com linhas para onde são conduzidas as locomotivas, através do girador. As paredes externas não são na realidade em forma circular, mas de forma poligonal, formando um prisma de 30 faces ou lados, com grandes janelas distribuídas duas a duas em cada plano e nove portões que dão acesso ao edifício, possuindo pé direito em torno de 6m, diâmetro de 75 m e 30 colunas de ferro fundido ricamente trabalhadas, possuindo aberturas para passagem de tubulação de águas pluviais, apoiadas em cantaria de pedras. Um único portão é encimado por um frontão característico que cria um eixo de simetria na fachada. O telhado em duas águas, acompanha o formato poligonal do edifício, formando planos em forma de trapézio.

(Fontes: Acervo ABPF; Jonas Augusto Martins de Carvalho; Jorge Alves Ferreira; Guido Motta; Herbert Graf; Google Maps; Sergio Santos Morais: Reconstrução da rotunda de São João del-Rei, RFFSA, Brasil, 1987; Vaz, Múcio Jansen: Estrada de Ferro Oeste de Minas: trabalho histórico-descriptivo 1881-1922)




CRÉDITOS :  http://www.fcasa.com.br  /  http://www.estacoesferroviarias.com.br

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